Recentemente, a UFF promoveu na Escola Municipal Francisco Portugal Neves, em Niterói, e na Escola Municipal Professora Maria de Araújo da Silva, em Duque de Caxias, duas edições do Projeto Vivências Paradesportivas UFF, uma iniciativa inovadora que leva as práticas do paradesporto para além dos espaços esportivos tradicionais, alcançando escolas, clubes, igrejas e diversos ambientes coletivos.
Como explica umas das coordenadora do projeto, Nelma Cezario, a ideia de promover o Projeto Vivências Paradesportivas UFF em diversos espaços não esportivos foi fundamental para disseminar a proposta de inclusão junto a diversos públicos, dando-lhes uma visão de que o esporte paradesportivo deve ser integrado a toda a comunidade. “O contato com os equipamentos específicos traz uma oportunidade única de se vivenciar as dificuldades vividas pelas pessoas com qualquer tipo de deficiência à prática de modalidades paraolímpicas”, explica.
Nelma ainda destaca que o Projeto Vivências tem dois pilares fundamentais: o pedagógico e o social. “Ao vivenciar as modalidades propostas (bocha, badminton, basquete e tênis de mesa sobre rodas, vôlei sentado, futebol de cego), a criança, o adolescente e o público em geral começam a entender as diversas possibilidades de cultura, arte e esporte que a pessoa com deficiência pode exercer”, ressalta.
O projeto foi idealizado por Francisco Gilberg, ex-aluno da UFF e coordenador da iniciativa, que foi convidado pela Secretaria Nacional Paradesportiva para colaborar na elaboração de uma política pública para levar essa ação a pessoas não deficientes em espaços coletivos. Atualmente, também integram a iniciativa alunos da universidade que fazem previamente uma capacitação para entender o mecanismo das atividades.
Em 2024, o Projeto Vivências Paradesportivas UFF integrou-se ao Trote Cultural e promoveu o evento “Primavera da Inclusão”, como parte da recepção aos calouros da UFF. A ação contou com a participação de diversos projetos e iniciativas da universidade, como o Sensibiliza UFF, o UFF Acessível. o Projeto Vivências em Acessibilidade, o Libras, Linguística e Divulgação (Lilindiv), o Transdisciplinaridade no Autismo, a Natação Adaptada, o Laboratório de Inovações em Comunicação, Inclusão e Popularização da Parasitologia (Licínio) e o Projeto de Extensão Livros Falados.
Assim, o Projeto Vivências desempenha um papel fundamental na desconstrução de estigmas relacionados à deficiência e à capacidade física em diversos espaços. Segundo Nelma, “de uma forma lúdica, pedagógica e participativa, o projeto demonstra que todas as pessoas têm suas capacidades e devem ter oportunidades de desenvolver suas habilidades”, conclui.