Os professores, servidores e alunos da Faculdade de Turismo e Hotelaria da Universidade Federal Fluminense expressam seu profundo pesar pelo falecimento da jovem niteroiense Juliana Marins, mulher negra e viajante, plena de alegria e saúde, que tinha no turismo um propósito de vida.
Juliana confiou nos serviços profissionais de turismo em sua visita ao Monte Rinjani, na Indonésia, e encontrou uma trágica morte, assistida com perplexidade e indignação pelo mundo inteiro muitos dias depois de sua queda numa ravina, durante uma trilha no dia 20 de junho, permanecendo sem qualquer tipo de assistência durante todo esse tempo. É notório que houve graves falhas de planejamento, gestão e operação turística. Uma morte que poderia ter sido evitada, mesmo após tantos acidentes fatais ocorridos no mesmo local. Também já se tem notícia de novos acidentes após a tragédia que interrompeu a sua vida.
É nosso dever, como profissionais do ensino profissional e da pesquisa em Turismo e como cidadãos exigir medidas mais rigorosas de controle do turismo, que passam pela qualificação dos profissionais do setor, pela fiscalização dos serviços e por um planejamento e gestão mais eficazes. O turismo precisa ser levado muito a sério em todos os países do mundo, inclusive no Brasil, que também não escapa ao amadorismo e improvisação em muitas atividades relacionadas ao setor, resultando também em trágicas situações, como a que recentemente vitimou outros 8 brasileiros em um acidente de balão no estado de Santa Catarina.
De nossa parte, perpetuaremos em nosso fazer profissional a memória e o legado de Juliana como exemplo de amor à vida e ao turismo. Para nós, suas viagens são expressão de liberdade e de empoderamento negro feminino. Juliana foi exemplo de uma jovem brasileira que ousou conquistar o mundo fazendo turismo e jamais será esquecida.
Aos familiares e amigos de Juliana, enviamos o nosso abraço e a nossa solidariedade nesse momento extremamente difícil.
Comunidade Acadêmica da Faculdade de Turismo e Hotelaria da UFF.