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Filme de professor da UFF é selecionado para mostra da Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo

"heyari", filme do professor Daniel Leão (UFF), selecionado para a 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo. Foto: Divulgação

O professor e cineasta Daniel Leão, do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF, teve seu filme “heyari” selecionado para integrar a mostra Cinema, Arquitetura e Sociedade: Registros de um Mundo Quente, que acontece entre 17 de setembro e 9 de outubro de 2025, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. A programação faz parte da 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo (BIAsp), cujo tema é Extremos: arquiteturas para um mundo quente.

No idioma yanomami, heyari significa “espalhar fumaça para fazer adoecer colocando feitiço no fogo”. O curta-metragem narra o colapso climático em um conjunto habitacional onde anciãs solitárias morrem em decorrência do calor. Nesse cenário, Viktor, um homem que fez fortuna no garimpo e perde sua casa para o mar, retorna ao apartamento de infância. Ali, encontra-se com Joana, uma devota negacionista que se recusa a fugir com o filho para a serra. Juntos, eles enfrentam o isolamento em um mundo cada vez mais ameaçador.

A mostra Cinema, Arquitetura e Sociedade propõe um diálogo entre audiovisual, urbanismo e meio ambiente. Ao reunir produções brasileiras e internacionais, ficcionais e documentais, a curadoria busca provocar o público a refletir criticamente sobre os impactos da crise climática, destacando temas como direitos humanos, saberes tradicionais, ciência, extração de recursos naturais, preservação e justiça climática.

Para Daniel Leão, a seleção do filme representa a oportunidade de inserir a UFF em um espaço de debate global. “Ailton Krenak conta que para muitos povos ameríndios elementos naturais – rios, pedras, montanhas – são amigos, parentes, seres com quem trocamos afetos. É a exploração devastadora destes elementos que leva, em última consequência, ao colapso que está diante de nós. De algum modo, o filme se situa na tradição do cinema brasileiro com foco em problemas sociais e comunidades marginalizadas, mas não se trata apenas de um desejo de seguir referências históricas: as ondas de calor são mais rigorosas em áreas periféricas do que em outras partes da cidade”, ressalta.

Para mais informações sobre a programação da mostra Cinema, Arquitetura e Sociedade: Registros de um Mundo Quente, acesse o site.

Dados do informe

23/09/2025

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