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Santos Dumont é a homenagem e o símbolo da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

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A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2006, de 16 a 23 de outubro, uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia, traduz no “slogan” Criatividade e Inovação uma programação diversificada, em diversas áreas do conhecimento, aproximando temas científicos do dia-a-dia da população, em todo o Brasil. Alberto Santos Dumont, considerado o Pai da Aviação, é o símbolo do evento, numa homenagem ao centenário do vôo do 14 Bis.
Integrando a rede de cidades e instituições brasileiras, Niterói inaugurou a semana, dia 16 de outubro, no Teatro da UFF. Com uma multiplicidade de atividades, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia conta com a Barca da Ciência: a travessia, entre os municípios de Niterói e Rio de Janeiro, num percurso que vai mostrar aspectos históricos da Baía da Guanabara.
Em sua terceira edição, evento anual que envolve todos os municípios brasileiros desde 2004, a semana tem suas atividades norteadas para a difusão e popularização da ciência e da tecnologia, contribuindo para a integração nacional, socialização do conhecimento e o estreitamento produtivo das relações entre a academia e as escolas, públicas e privadas, de nível médio.
O chefe do Departamento de Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia e coordenador nacional do evento, Ildeu de Castro, fez um agradecimento especial ao município de Niterói, autoridades e instituições integradas, afirmando que a cidade dá exemplo ao Brasil pela participação voluntária, diversificação e riqueza de programação.
Em recente declaração à mídia, sobre a escolha de Santos Dumont como homenagem-símbolo, Castro afirmou que “a intenção é promover o resgate histórico de um brasileiro que teve uma das contribuições mais significativas para a história da humanidade”. No balanço nacional, segundo ele, são oito mil atividades cadastradas, em 300 cidades e 900 instituições de ensino e pesquisa envolvidas no evento. Castro anunciou uma ação do governo federal, resultante da motivação e engajamento dos agentes de ensino envolvidos: a criação da Capes do ensino básico, definida como iniciativa importante na igualdade de direitos entre professores de nível médio e de universidades.
Recebendo como convidado especial o professor Alberto Dosworth Wanderley, sobrinho-bisneto de Santos Dumont, a cerimônia de abertura reuniu autoridades municipais e representantes de órgãos públicos do município e do estado, e instituições de ensino, como o reitor da UFF, Cícero Mauro Fialho Rodrigues; o prefeito de Niterói, Godofredo Pinto; a presidente do Conselho de Ciência e Tecnologia de Niterói e professora emérita da UFF, Maria Felisberta Baptista de Trindade; o chefe do Departamento de Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia e coordenador nacional do evento, Ildeu de Castro; o secretário municipal de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Vitor Júnior; a subsecretária municipal de Ciência e Tecnologia e coordenadora-geral das atividades em Niterói, Lindalva Cavalcanti Cid; o chefe do Centro de Documentação Histórica da Aeronáutica, coronel Jailton Porto de Faria; o secretário de Educação, Cultura Esporte e Lazer do município de Santos Dumont (MG), Vander José Montese do Amaral, dentre outras.
O professor Cícero Rodrigues falou da satisfação da UFF em sediar a abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2006 de Niterói, parabenizando o ministério e ressaltando o caráter formativo e educativo da iniciativa. Destacou a excepcionalidade do momento, por estar recebendo colegas de outras universidades e escolas, mostrando que a universidade não tem barreiras. “Temos brasilidade, e é preciso desenvolver esse sentimento. E seguir as lições de Santos Dumont, como a de tantos outros cientistas, também tão importantes, acreditando na capacidade do brasileiro, sua inventividade e criatividade. Porque para fazer ciência é preciso paixão e persistência. É preciso ter liberdade. E, nesse sentido, a universidade pública tem autonomia e liberdade acadêmica”, afirmou.
Ressaltou ainda que, neste governo, houve “alavancamento das pesquisas”, das quais cerca de 80% foram desenvolvidas nas universidades. E que, embora estejamos aquém do patamar de investimentos necessários, que precisam ser maciçamente aplicados em educação e tecnologia, e o Brasil ainda não tenha tomado a dianteira, este governo tratou a questão por meio de um olhar diferenciado. Segundo Rodrigues, nossos índices são muito baixos e é preciso que se crie o sentido da importância e que se faça pressão para que a população possa realmente atingir o ensino superior. Principalmente na área tecnológica. É preciso, segundo ele, que o nível médio seja melhor, e o importante é que as ações atinjam a todos. E, acreditando que sejamos um país do futuro, é preciso que haja “vontade política” comum aos Ministérios da Ciência e Tecnologia, Planejamento e Fazenda.

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