Torna-se realidade sede da UFF em Macaé

Assessoria de Comunicação

Solenidade ocorrida no dia de ontem, 27 de agosto de 2020, com a presença do reitor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega e do prefeito da cidade Aluízio dos Santos Júnior, bem como de outras autoridades e de pequeno público em razão da pandemia da Covid-19, demarcou a inauguração do bloco D da Cidade Universitária de Macaé. Leia na íntegra o discurso do diretor Daniel Arruda Nascimento, proferido na ocasião:

“Como diz o texto de divulgação do evento que acontece agora, elaborado pela assessoria de comunicação da reitoria e disparado pelas redes durante o dia de ontem, o nosso prédio “é mais uma conquista coletiva e histórica”. Há pouco mais de quatro anos, quando iniciava o meu trabalho como diretor do Instituto de Ciências da Sociedade de Macaé, citei no meu discurso de posse um trecho do livro Entre o passado e o futuro de Hannah Arendt, no qual a pensadora política afirmava que “a educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele” (2009, p. 247). Uma expressão que traduz esse pensamento é amor mundi (amor ao mundo). Ser professor é ser capaz de expressar esse amor através do seu trabalho, dos gestos cotidianos que orientam a nossa prática, para conservar e transformar o nosso mundo humano. Ter compromisso com a educação é lutar com coragem e eficiência para criar condições materiais e espirituais de estudo e de trabalho para estudantes e profissionais da educação. Desde o início, a construção da nossa sede sempre foi uma prioridade e trabalhamos desde o primeiro dia para que ela se tornasse realidade. A ocupação da nova sede, que ocorre neste momento e durante todo este ano, mesmo diante do adverso cenário de pandemia causada pelo coronavírus e pela Covid-19, vem abrilhantar a trajetória do instituto, do investimento feito durante vinte e oito anos, desde 1993, por docentes e servidores técnicos que aqui trabalharam, por discentes que aqui estudaram. Tenho fotos antigas de estudantes organizando manifestações pela permanência da UFF em Macaé. Assumi a direção do instituto em um momento que se seguiu a uma longa história de esforço comunitário, embora, devo reconhecer, nem sempre a nossa instituição conseguiu responder à altura. Desde 2016, muitas ações foram necessárias para esta realização, todas registradas no relatório de gestão entregue à reitoria ao final do meu primeiro mandato, no último dia 20 de janeiro. A licitação da obra havia ocorrido em 2014. Recordo-me de quantas conversas tive com o Dr. Aluízio sobre as vantagens de se construir um prédio na cidade para a UFF. Recordo-me de algumas visitas à Secretaria Municipal de Obras, recebendo as plantas arquitetônicas do edifício das mãos de Manoela Barreto em julho de 2016, momento no qual começamos a projetar a ocupação que hoje é realidade. Recordo-me ainda de ter recebido a solidariedade dos meus colegas diretores das unidades do interior da UFF, quando estivemos juntos na Câmara dos Deputados em Brasília em outubro de 2017. Na ocasião, eu lamentava que a nossa unidade não tinha um tijolo construído, o que tornava a nossa situação bastante frágil na cidade. Os colegas estavam dispostos a destinar grande parte dos recursos parlamentares, que juntos solicitávamos, à construção da nossa sede. Esse recurso não chegou a ser viabilizado, mas por outras vias, e contando com a colaboração de colegas de trabalho e vereadores amigos, obtivemos ao todo um milhão, cento e quarenta mil reais em Emendas Parlamentares destinados à ocupação do bloco D, auxiliando a nossa reitoria em tempos de crise orçamentária. Aproveito para agradecer publicamente aos Deputados Federais Marcelo Freixo, Wadih Damous e Roberto Sales, bem como aos vereadores Marcel Silvano e Marvel Maillet e ao amigo Danilo Funke. Em que pese as contribuições dos reitores anteriores com os quais convivi, os professores Roberto Salles e Sidney Mello, agradeço especialmente ao trabalho competente do professor Antonio Claudio, que desatou alguns nós que impediam o início das obras e tornou tudo isso possível, bem como ao prefeito Dr. Aluízio, que reconheceu a importância da nossa universidade para a cidade e decidiu investir em uma cidade do conhecimento. Nem sempre é fácil chamar a atenção da administração central da universidade para os problemas enfrentados no interior, o professor Antonio Claudio foi sensível, inteligente e disponível aos nossos apelos. No nível operacional, agradeço imensamente à Pró-Reitoria de Administração, na pessoa da pró-reitora Vera Cajazeiras, à Superintendência de Operações e Manutenção e ao professor Mario Ronconi com a sua equipe de carregadores da Rio Minas, à Superintendência de Arquitetura, Engenharia e Patrimônio, nas pessoas do superintendente Daniel Almeida, da arquiteta Maria Helena e do fiscal Antônio Nascimento, à Superintendência de Tecnologia da Informação, ao Helcio Rocha, ao Douglas de Paula e ao Ronaldo Costa, à Superintendência de Documentação e à Deborah Ambinder, além dos secretários municipais Guto Garcia e Marcio Magini, ao professor Carlos José, à toda a equipe da Secretaria Municipal de Obras, à construtora M. Alves e ao engenheiro civil José Nolasco. Recordo-me com alegria do dia no qual este último me apresentou as opções de cores para as pastilhas laterais do nosso prédio. A minha resposta não poderia ser outra: ele será azul esverdeado da cor do mar do verão de Macaé, ou de Macaribe, apelido carinhoso atribuído por surfistas e remadores da cidade. Deveria agradecer igualmente a cada trabalhador que carregou um tijolo para levantar o prédio, esses heróis anônimos do nosso bloco D. Na nossa pequena unidade, devo agradecimentos aos servidores administrativos lotados no instituto e aos colegas professores, particularmente àqueles que ocuparam ou hoje ocupam as funções de chefe de departamento e coordenador de curso, bem como aos integrantes da Comissão Especial para acompanhamento da execução da obra de construção do Bloco D da Cidade Universitária de Macaé, criada em 2018. Devo ainda agradecimentos especialíssimos ao professor Giuliano Alves, vice-diretor do instituto, ao secretário da direção Vinnicius Hipólito, à nossa contadora Cora Veloso e ao nosso agente patrimonial Márcio Wainer, que não mediram esforços para ajudar nessas últimas semanas decisivas. Bem como a cada servidor administrativo e a cada estudante que descarregou carretas e carregou carteiras para as salas de aula, dentre eles, à velha guarda do nosso almoxarifado, Paulo, Bira, Jair, Aroldo e Jorge, à brilhante equipe de limpeza que conquistamos, Maria, Valter, Conceição, Cláudia, Sônia e Martins, e ao estudante egresso do nosso Curso de Direito Reinaldo Matos, que cuidou da maioria das mudas de árvores e plantas que temos hoje enfeitando o nosso terreno. Devo ainda agradecer à parceria e à relação fraterna das direções da Universidade Federal do Rio de Janeiro em Macaé, nas pessoas dos professores Arlene Gaspar, Roberta Coutinho e Leonardo Cinelli, bem como de Chico Esteves e Rodrigo Nunes do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-Ambiental de Macaé, e da Faculdade Municipal Miguel Ângelo da Silva Santos, nas pessoas das professoras Larissa Frossard, Cláudia Bastos e Alda Canabarra, duas instituições de ensino superior apoiadoras incontestes da empreitada. Finalmente, quero agradecer aos estudantes que ajudaram a construir esse caminho, principalmente àqueles que me direcionaram uma palavra ou um sorriso de incentivo quando me encontravam nos corredores, nas aulas ou em reuniões. Falando abertamente, de um ponto de vista mais pessoal, a opinião deles sempre foi a que mais importou para mim, para além da alegria gratuita do pequeno Raul, da companhia da Raísa e da amizade de todas as horas do professor Saulo Mendonça, que acompanharam de muito perto todo o processo. Para concluir, recordo uma mensagem escrita pela filósofa francesa Simone Weil direcionada a todos nós e já encaminhada outrora por mim a todos os servidores do instituto como mensagem natalina: “quanto mais o pensamento for atento, tanto mais o objeto será pleno de ser” (Exercícios de atenção: Simone Weil leitora dos gregos, 2013, p. 239). Gratidão!”

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A atualização mais recente deste conteúdo foi em 28/08/2020 - 11:35