Em mais uma iniciativa com foco na permanência estudantil e no combate à evasão, a Universidade Federal Fluminense instituiu melhorias no Programa Auxílio Acolhimento para Estudantes Ingressantes, cujo objetivo é assistir discentes em situação de vulnerabilidade socioeconômica regularmente matriculados nas disciplinas do primeiro período dos cursos de graduação (modalidade presencial).
As medidas incluem padronização e ampliação da vigência do auxílio financeiro para até 24 meses e configuram-se como mais um esforço institucional de garantir as políticas de acesso à universidade mesmo diante das dificuldades de ordem financeira, já que o último repasse do Governo Federal não foi suficiente para cobrir os déficits que assolam a instituição desde 2019.
Na prática, cerca de 700 estudantes serão contemplados anualmente com esse auxílio, o que significa a diminuição da demanda por outros programas, já que a acumulação de bolsas é vedada institucionalmente. Como explica o reitor da universidade, professor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega:
"Estamos empenhados em aprimorar o processo de permanência dos discentes e o acesso à assistência estudantil. Com a redefinição do Programa Auxílio Acolhimento para Estudantes Ingressantes, já em 2024, cerca de 700 estudantes contemplados pelas bolsas de Acolhimento em 2023 deixarão de concorrer nos editais não acumuláveis permitindo assim que outros 700 estudantes possam ser beneficiados com algum tipo de bolsa. Além da preocupação com a ampliação da vigência e da diminuição da concorrência por vagas, a atenção aos dois primeiros anos dos cursos de graduação é fundamental para a construção de uma base sólida para o sucesso acadêmico e pessoal de nossos estudantes", ressalta o reitor.
Sobre a evasão escolar, a pró-reitora de Assuntos Estudantis, professora Alessandra Barreto, explica que é fundamental construir estratégias para minimizar os seus efeitos nos primeiros anos do ensino superior: “Para além da concessão do auxílio financeiro, o programa promove ainda o envolvimento dos discentes em atividades acadêmicas a partir do estímulo à participação em eventos científicos ou tecnológicos, em projetos de extensão, cursos, oficinas, entre outros. Essa vivência para além das aulas possibilita uma experiência mais plena da experiência acadêmica e também contribui para a permanência do estudante na universidade. Entre as responsabilidades dos contemplados está a elaboração de relatório anual das atividades realizadas como condição para renovação do auxílio”, explica Barreto.
A iniciativa da universidade, já vigente, reforça o compromisso institucional de buscar alternativas para atender à demanda por ampliação das políticas de assistência estudantil.