Huap desenvolve atividades de referência com Grupo dos Diabéticos

Diabetes é uma doença em que há aumento de glicemia, ou açúcar no sangue. E quando esse fator não é bem controlado, alguns problemas podem surgir. O diabético pode ter alterações nos olhos, rins, nervos e vasos sanguíneos e até sofrer perda da função renal, infarto, derrame e até amputação de membros inferiores. Para ajudar os pacientes diabéticos que precisam de um acompanhamento diferenciado, o Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap) conta com o Grupo dos Diabéticos, que se preocupa em fazer educação em saúde, a fim de promover maior interação entre médico e paciente durante as consultas.

O grupo foi criado em 1985 e está ligado ao programa de extensão Educação e Saúde com Diabéticos: uma Realidade no Huap. Considerado um centro de referência nacional de tratamento pela Sociedade Brasileira de Diabetes, o grupo atende pacientes do Huap com a intenção de instrumentalizar tanto quem vive com a doença, como seus acompanhantes.

Enfermeiros, residentes e bolsistas trabalham em prol do desenvolvimento desse projeto, que busca fazer a promoção da saúde, ao mostrar ao paciente a compreensão exata do que é o diabetes e como se processa essa doença metabólica.

“Prevenir complicações do diabetes, decorrentes da hiperglicemia, é fundamental para um tratamento descomplicado”, explica a enfermeira do setor Sônia Carvalho.

Segundo ela, o paciente do Huap é encaminhado por setores do próprio hospital, como Endocrinologia e Clínica, após avaliação médica e devidas prescrições medicamentosas, para ser acompanhado pelo grupo.

“O Grupo Educativo dos Diabéticos vê o paciente como um todo, sendo orientado com base em todos os seus resultados de exames, não somente pelo diabetes”, ressalta a enfermeira Rose Mary Athayde, também atuante no grupo.

A idealizadora e coordenadora Vera Maria reforça a ideologia participativa do programa: “A consulta de enfermagem é educativa, vislumbrando a autonomia do paciente, sobre o que é melhor para ele, protagonizando assim seu processo de melhora”, explica.

Para o Huap, esse grupo tem grande relevância, principalmente no que diz respeito à redução de internações ou complicações decorrentes da doença, já sendo fator confirmado pelo setor. Dessa forma, o paciente consegue encontrar melhoria na qualidade de vida, integração familiar e social, além de ter de volta a auto-estima e a vontade de viver bem.

A educação em saúde é composta por diversos hábitos os quais o paciente tomará conhecimento ou restabelecerá, dependendo de cada caso. Reeducação alimentar, por exemplo, tem grande importância, não só para o paciente diabético, mas na verdade para toda a população. Além disso, ressaltar a importância da realização de atividades físicas e o uso correto da medicação necessária prescrita pelo médico responsável são informações essenciais disponibilizadas por esses agentes que compõem o Grupo dos Diabéticos do Huap.

“Quem entende seu cuida”, finaliza a enfermeira Rose Mary.

Parte do programa inclui atividades de socialização, como passeios, caminhadas e atividades culturais. Há também atividades de grupo, realizada às sextas-feiras, abertas à comunidade. Todo o empenho do grupo permite aos pacientes e acompanhantes assumir um compromisso não somente com a própria saúde, mas também com toda a sociedade.

As consultas, em média dez por dia, são feitas por um grupo de cinco enfermeiras, de segunda a quinta-feira, das 8h às 17h, nas salas 39 e 42 do Ambulatório do Huap. Os cadastrados no programa recebem, gratuitamente, insulina de alta qualidade do Ministério da Saúde.

Sendo assim, o Huap está pronto para cuidar de forma cada vez melhor de seus pacientes, uma vez que percebe suas necessidades e se propõe a fazer um atendimento completo desde a primeira consulta.

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