Quem são as mulheres que fazem a diferença na UFF?

Amanhã, 08 de março, comemora­se o Dia Internacional da Mulher. Esta data simboliza a luta contínua pelo espaço da mulher na sociedade e pela conquista dos seus direitos. Para homenagear todas as colaboradoras que constroem dia a dia a nossa universidade, vamos compartilhar a trajetória percorrida por algumas dessas mulheres que fazem a diferença na UFF, atuando em diferentes áreas.

Caroline Fernandes dos Santos Bottino | Profª Adjunto IV de Neurociências e Neurobiologia, Vice-Coordenadora do Curso de Graduação em Biomedicina, Campus Nova Friburgo

Sou de Miguel Pereira/RJ, fiz a maior parte dos estudos em escola pública e aos 17 anos ingressei no curso de Ciências Biológicas da UERJ, numa época onde não existiam políticas de ações afirmativas. Sempre estive envolvida em experimentação animal, o que me levou a cursar a pós­graduação. Ingressei na UFF (Campus Nova Friburgo) como professora aos 27 anos e descobri nesta Instituição a extensão, assim como o prazer pela prática docente, o que abriu a minha visão para além da pesquisa científica de bancada. Acredito que eu seja uma mulher que faz diferença na UFF por ser uma referência profissional aos meus alunos em organização, ética, responsabilidade e competência. Segundo eles, oriento mil alunos, organizo eventos, gerencio projetos, faço pesquisa, extensão, dou aula e ainda consigo ter tempo para o esposo, jogar vôlei e fazer pilates!

Nilza Cassiano Miranda (Tia Nilza) | Auxiliar de serviços gerais

Trabalho na UFF há 20 anos na área da limpeza. Comecei no antigo posto do Banco do Brasil. Depois de 12 anos trabalhando lá, fui contratada pela Luso e fiquei no 4º andar, no DAP, durante 6 anos. Agora estou na Superintendência de Comunicação Social. A UFF é a minha casa e me sinto muito bem aqui. Acordo todos os dias antes das 4h da manhã para chegar ao trabalho, mas mesmo assim transbordo alegria. Sempre fui assim. Eu tenho 1 filho e dois netos (meu outro filho já faleceu) e apanhei durante anos do meu marido. Apesar disso, hoje, sozinha, estou reformando a minha casa, graças ao meu esforço. Eu faço a diferença na UFF porque eu sou a mãezona de todo mundo! Vocês são a minha alegria!

Lucília Maria Moreira Machado | Coordenadora adjunta da Divisão de Acessibilidade e Inclusão

A UFF faz parte da minha história de vida e tenho o maior orgulho disso. Estou aqui na casa há exatamente 40 anos. Entrei em 1978 para cursar jornalismo. Me formei em 82 e voltei em 84, através de concurso público. Minha primeira parada foi na Comissão Editorial da UFF ­ antiga CEUFF, posteriormente EDUFF. Em 1994 fui convidada para trabalhar na então Assessoria de Comunicação-Ascom, onde cheguei a assumir a Coordenação do setor de Jornalismo. Em 1999, sofri um acidente de carro e me tornei uma pessoa com deficiência (sou tetraplégica e me locomovo em uma cadeira de rodas). Daquele dia em diante fui 'mordida' pelo bichinho da inclusão e passei a
lutar por uma universidade mais inclusiva e acessível. Participei da criação do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Sensibiliza UFF em 2009, e atualmente sou a coordenadora adjunta da Divisão de Acessibilidade e Inclusão. Tenho certeza que o meu trabalho, junto com meus parceiros nessa caminhada fazem a diferença, não só dentro da nossa comunidade, mas também no cenário nacional, onde a UFF é considerada uma das instituições federais de ensino superior que mais promovem ações de acessibilidade e inclusão, visando à permanência do aluno com deficiência.

Virginia Dresch | Professora do Departamento de Psicologia (Niterói), do Instituto de Psicologia e Presidente da Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UFF

Sou professora universitária desde 2001, tendo ingressado no Departamento de Psicologia (Niterói) da UFF em 2010. Apesar do pouco tempo de casa, tive a oportunidade de ocupar espaços importantes na universidade, que me renderam muito aprendizado e satisfação pessoal (Diretora do Serviço de Psicologia Aplicada, Conselheira do Conselho de Curadores, Presidente da Comissão Própria de Avaliação, entre outros). Há alguns anos pesquiso
a saúde das mulheres, a partir da perspectiva de gênero. Um dos artigos que publiquei em coautoria, The impact of gender on health, no periódico Women and Health (EUA), chegou a ser recomendado pelo Canandian Institutes of Health Research. Aproveitando as comemorações do mês da mulher, reforço às uffianas (professoras, técnicas e alunas) a importância de ocuparmos 50% dos espaços, seja na universidade, seja na sociedade, já que somos metade da população. A igualdade entre homens e mulheres é condição sine qua non para o pleno exercício da democracia. Além disso, como dizia a ex­presidente da Espanha, Maria Teresa Fernández de la
Vega, 'quando uma mulher dá um passo, todas avançam'!

Luiza Helena Reis Peluso | Revisora de Textos da SCS -­ aposentada

É uma grande honra ser convidada pelo Comunica UFF para falar no Mês da Mulher sobre a minha trajetória nesta instituição. Primeiro, eu gostaria de enfatizar a importância do papel da mulher na sustentação da sociedade, como mãe, educadora, esposa e profissional. Conciliar todos estes papéis tem sido o grande desafio para todas nós nestes tempos atuais. Foram 36 anos dedicados à UFF, sendo que por duas décadas compartilhei com a função de professora do Estado. Entrei na UFF através de concurso público, em 81, onde já fazia o curso de Letras. Era solteira e tive a chance de não somente estudar e trabalhar, mas de aperfeiçoar meus estudos fora do Brasil. Procurei retribuir tudo isso dedicando­me ao máximo, em diversas frentes, como assessora de comunicação do vestibular, chefe do setor de jornalismo da Assessoria de Comunicação Social e outros projetos. Trabalhei com satisfação e orgulho de pertencer a uma instituição pública, em prol da melhor educação universitária do país.

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