UFF faz manifestação contra cortes de verbas para educação, ciência e tecnologia

Protesto foi na Praia de Icaraí, Niterói, em frente à reitoria da universidade

Os professores, estudantes e funcionários da Universidade Federal Fluminense fizeram, nesta quinta (27/04), uma manifestação contra os cortes de verbas para a educação, ciência e tecnologia. O protesto faz parte das atividades da Marcha Mundial pela Ciência.

Nos últimos quatro anos, a redução dos investimentos em educação e ciência tem impactado fortemente nas atividades das universidades, institutos de pesquisa e laboratórios. Na pasta da Ciência e Tecnologia e Inovação, por exemplo, o montante é de 44%, o que compromete profundamente a pesquisa brasileira, a formação de pessoal e o próprio desenvolvimento do país.

O ato na reitoria, que contou com a participação do reitor Sidney Mello, foi uma forma de conscientizar e chamar atenção da sociedade para os riscos que a falta de financiamento pode ocasionar nas universidades públicas e na pesquisa. Além disso, os manifestantes abordaram a preocupação em relação às reformas trabalhistas e da previdência, consideradas um retrocesso à Constituição de 1988.

"Não há soberania nacional, competitividade industrial brasileira e qualidade de vida para a população sem ciência e educação. Basta observar os avanços advindos de investimentos em pesquisas em países como Coreia do Sul, cujo valor é de 4% do PIB, e no Brasil hoje, que é abaixo de 1% do PIB", afirmou o reitor Sidney Mello.

O corte do MEC para investimento em obras na UFF é da ordem de 50%, o que vem impedindo a universidade de concluir novos prédios e laboratórios.

O secretário regional da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e professor do Instituto de Física da UFF, Marco Moriconi, reforça os motivos da manifestação. 

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