UFF recebe 2 mil Testes Moleculares para a detecção de Covid-19 na comunidade acadêmica

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Ingrid Telino

Recentemente, a Universidade Federal Fluminense recebeu da Fiocruz cerca de 2 mil Testes Moleculares (RT-PCR) para a detecção de Covid-19 na comunidade acadêmica. A doação foi fruto de uma intensa articulação da Reitoria da UFF tendo em vista o aumento do número de casos da doença com a nova variante Ômicron. Inicialmente, o objetivo é atender a demanda do Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), como profissionais de saúde, entre eles residentes, e também pacientes internados, além de setores específicos de toda Universidade em que sejam detectados surtos de Covid-19.

O Reitor da UFF, professor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, reitera o papel atuante da gestão na garantia de recursos com foco nas necessidades da comunidade interna. “Diante do aumento no número de casos de Covid registrados no Estado nos últimos dias, estamos intensificando as ações de combate ao coronavírus em prol de toda Universidade e Sociedade. Estive essa semana em articulação direta com a Dra. Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz, e de forma muito ágil adquirimos os kits que são essenciais para proteção da nossa comunidade. O material já está com nossa equipe de excelência para dar continuidade dos testes para os profissionais do Huap e de toda comunidade acadêmica.”

Desde o início da pandemia até o final de 2021, cerca de 16 mil Testes Moleculares (RT-PCR) de Covid-19 já foram aplicados em servidores, estudantes de graduação, pós-graduação, terceirizados e familiares. Os números são expressivos e compreendem o valor do projeto acadêmico-institucional que vem atendendo toda comunidade interna da UFF e também toda a população de Niterói. Segundo um dos pesquisadores que lidera a ação, o professor de Bioquímica e Biologia Molecular Fabio Alves, esse quantitativo de testes realizados representa a terceira melhor marca se comparado às demais Universidades do país. Isso porque outras Instituições de Ensino Superior também se engajaram em iniciativas similares, conhecidas como “Laboratórios de Campanha”.

O projeto, que a partir de agora só atende por demanda, já deixa um legado de pesquisas científicas, desenvolvidas por docentes e estudantes de pós-graduação da Universidade, mas também de infraestrutura para a própria UFF e de expansão dos serviços públicos de saúde para a população de Niterói e demais cidades do entorno, como um Centro de Diagnóstico de Biologia Molecular sediado no HUAP, algo inédito na Região Metropolitana II e que busca analisar vírus de outras naturezas.

A iniciativa, como um todo, engloba inúmeras frentes da Universidade, como laboratórios e grupos de pesquisa, com destaque para o Laboratório Multiusuário de Apoio à Pesquisa em Nefrologia e Ciências Médicas (LAMAP), sediado no Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), e coordenado por um grupo de pesquisadores e pós-graduandos da Pós-Graduação em Ciências Médicas e da Pós-Graduação em Patologia da Faculdade de Medicina da UFF, entre eles o professor Jorge Reis Almeida e a professora Andrea Alice da Silva. Grupos de pesquisa em biologia molecular e virologia também integraram a ação, como o Laboratório de Virologia Molecular e Biotecnologia Marinha, do Instituto de Biologia, sob a coordenação da professora e virologista Izabel Paixão.

Além desse projeto, a UFF mantém parcerias com outras instituições para a realização de testes de Covid-19 na comunidade interna e na população. No Centro de Testagem no campus do Gragoatá, em conjunto com a Prefeitura de Niterói, os interessados podem agendar através do aplicativo Dados do Bem a realização de testes por antígeno, com resultados em até 15 minutos. Os atendimentos acontecem de segunda a sábado. Confira mais informações aqui

Histórico do projeto de Testes Moleculares (RT-PCR) na UFF

A demanda pela realização de testes moleculares (RT-PCR) surgiu na UFF no início da pandemia do novo coronavírus. O serviço à época era agendado via whatsapp e atendia prioritariamente a comunidade interna para atendimentos no campus do Gragoatá.

Tudo começou em abril de 2020, momento em que a pandemia do novo coronavírus passou a se tornar uma realidade no país. Naquele mês, iniciaram-se os primeiros diagnósticos moleculares da Covid-19, inicialmente de maneira voluntária, envolvendo sobretudo docentes e alunos de pós-graduação da Faculdade de Medicina, para contribuir na minimização dos danos da pandemia na cidade e também no respaldo aos profissionais de saúde.

Posteriormente, outros pesquisadores e laboratórios, como do Instituto de Biologia, se envolveram no projeto, contribuindo para formar uma estrutura avançada no desenvolvimento de testes em virologia. No primeiro semestre de 2021, a ação ganhou mais um reforço: um “robô” para automatização de parte do processo. O equipamento, chamado EpMotion, foi adquirido através da participação do Centro na Rede Vírus do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações como Laboratório de Campanha, com o objetivo de ampliar, em âmbito nacional, o diagnóstico molecular do SARS-CoV-2, agente etiológico da COVID-19.

O resultado até então é absolutamente satisfatório, especialmente porque envolve diferentes áreas da Universidade e contribui diretamente na construção de um mapa da doença na região de Niterói e adjacências.

Saiba mais sobre o histórico do projeto em: https://bit.ly/3nngLXh