A Universidade Federal Fluminense (UFF), em uma iniciativa pioneira no Instituto de Saúde de Nova Friburgo, inaugurou o Laboratório de Fluxo Digital para Pessoas com Deficiências do Brasil. O espaço visa proporcionar um atendimento de alta qualidade, otimizando o processo de ensino-aprendizagem, bem como reforçando a inclusão social e a acessibilidade.
O Reitor da UFF, Prof. Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, celebra a entrega como um marco de avanço para a universidade, ressaltando o compromisso contínuo da instituição com a excelência acadêmica e a inclusão social. “A criação deste laboratório é uma etapa fundamental na nossa missão de integrar pesquisa, educação e serviço à comunidade, sempre buscando os mais altos padrões de qualidade", ressalta o reitor.
O espaço, sob a coordenação de Bruna Picciani, estabelece um novo padrão de atendimento para pessoas com deficiência (PcDs), impactando positivamente não apenas os pacientes, mas também seus familiares em todo o Estado do Rio de Janeiro.
O procedimento no laboratório se inicia com o atendimento ortodôntico ao paciente no Serviço de Ortopedia Funcional dos Maxilares e Ortodontia para Pessoas com Deficiência. Após verificada a necessidade, os indivíduos são escaneados e o arquivo digital é enviado ao laboratório. No local, os modelos intra orais são impressos e, a partir destes, fabricam-se os aparelhos e placas.
Segundo a coordenadora Bruna Picciani, com um fluxo de trabalho eficiente, o ambiente se dedica a produzir soluções de alta tecnologia para reabilitação oral e correção de diversas mal oclusões, beneficiando os pacientes que são atendidos no Serviço Especializado. “Este avanço tecnológico, incluindo a confecção de aparelhos ortodônticos por meio do fluxo digital, representa uma significativa melhoria no atendimento aos pacientes, proporcionando menor estresse e resultados excelentes”, explica.
A equipe do laboratório, supervisionada pelo Prof. Flávio Warol, se concentra na impressão de modelos para a confecção de aparelhos ortodônticos e ortopédicos, bem como na produção de coroas de resina para reabilitação. Além disso, o laboratório está planejando expandir suas capacidades para incluir a produção de alinhadores ortodônticos e próteses impressas.
A iniciativa também se destaca por sua colaboração com diversas universidades e professores, fazendo parte de pesquisas clínicas e laboratoriais. Com uma média de 75 atendimentos por mês, a UFF planeja tornar o laboratório uma referência estadual em 5 anos na produção de alinhadores ortodônticos, modelos, próteses e aparelhos ortopédicos.
“Temos um fluxo de trabalho ágil que começa na cadeira, passa pelo laboratório e volta à cadeira, onde entregamos trabalhos de altíssimo nível. Coordenar esse projeto vai além da ciência, é poder amar, se doar e receber muito mais do que entregamos. A gratidão dos pacientes e familiares é a minha maior recompensa", destaca Picciani.
