Mais de 50 comunidades tradicionais de Oriximiná estão sendo beneficiadas com a segunda edição do projeto de produção e doação de máscaras reutilizáveis e geração de renda, iniciativa da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná (ARQMO) em parceria com a empresa Mineração Rio do Norte (MRN), por meio do grupo de trabalho interinstitucional “Pela Vida no Trombetas”.
A doação da empresa MRN viabilizou a produção de 13 mil máscaras reutilizáveis em tecido 100% algodão doadas para comunidades quilombolas, indígenas, ribeirinhos e para a associação Recicla Orixi, além de gerar renda para 13 profissionais quilombolas que trabalham com costura, responsáveis pela confecção das máscaras.
Costureira Clariane Souza da Comunidade Tapagem / Coordenador de Patrimônio da ARQMO, Mariano dos Santos entregando máscaras para Associação Indígena
A iniciativa está alinhada às ações de prevenção e combate à Covid-19 conduzidas pelo grupo “Pela Vida em Trombetas”, criado pela Universidade Federal Fluminense, com foco nos povos e comunidades tradicionais do município de Oriximiná e região. O grupo é composto pela UFF, por representantes de órgãos públicos, entidades representativas de quilombolas e indígenas e pela empresa MRN.
“Criamos o grupo ‘Pela Vida em Trombetas’ para buscarmos soluções para o enfrentamento da Covid-19, e foi a maior experiência de participação que a sociedade civil de Oriximiná teve em toda a sua história. Os povos invisíveis da floresta e das águas, os indígenas que nunca foram ouvidos, os ribeirinhos, os quilombolas afetados diretamente pela mineração sentaram na mesma mesa com a direção da MRN, com o Ministério Público Federal e com a universidade. Todos puderam dar opiniões e decidimos juntos sobre as melhores ações a serem tomadas. O principal resultado foi o estabelecimento de diálogos entre todos os atores da sociedade civil”, ressalta Marcelino Conti, diretor da unidade da UFF de Oriximiná.