Projeto desenvolvido no Instituto de Computação da UFF pode tornar o ENEM mais inclusivo e acessível para deficientes visuais

Apesar dos esforços aplicados na promoção de acessibilidade, alguns candidatos com deficiência, como os deficientes visuais, relatam experiências frustrantes durante a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). A falta de preparação dos ledores e o cansaço são algumas dificuldades citadas. Neste cenário, a utilização do computador como meio de efetuar o exame visa permitir que pessoas com deficiência visual possam fazer a prova de forma independente.

Uma evolução do primeiro protótipo feito em 2011, o site ENEM INCLUSIVO é fruto do “Enem para deficientes visuais: a realização assistida pelo computador”, um projeto de dissertação de mestrado desenvolvido pelo professor Hedi Carlos Minin, atualmente aluno do curso de mestrado em computação do Instituto de Computação (IC) da UFF, sob a orientação dos professores Daniela Trevisan e José Viterbo. O site apresenta hoje um simulado com cerca de 80 questões objetivas nas diversas áreas temáticas da prova nacional além de uma proposta de redação.

“As questões foram cuidadosamente escolhidas para abordar possíveis soluções assistidas por computador para enfrentar problemas relatados pelos deficientes visuais como leitura de formulas matemáticas, acesso a gráficos, além de fórmulas complexas de química e física”, explicou Daniela. Outra solução implementada no projeto solicitada pelos próprios alunos, ela acrescenta, “é a possibilidade de se ter uma área para rascunho digital”.

Para atender deficientes visuais o MEC oferece provas adaptadas (em braile e ampliadas) e auxílio ledor. Dados disponibilizados pelo INEP mostram que a procura por estes recursos e serviços tem aumentado a cada edição do exame. Entre 2011 e 2014, por exemplo, houve um aumento de 235% no número de solicitações de auxílio ledor e de 132% no número de solicitações de prova ampliada. Com a reformulação do projeto o conteúdo torna-se escrito, totalmente acessível em formato web.

Com a participação de colaboradores do Instituto Benjamin Constant e do aluno de graduação da UFF, do curso de ciência da computação, Lucas Tito, o projeto encontra-se hoje em fase de avaliação pelos alunos do Colegio Pedro II.

“Hoje em dia, o deficiente visual depende dos ledores, por exemplo, já aconteceu comigo de na seção de química do ENEM, uma professora de Português ler, e eu me sentir prejudicado. Essa solução permitiria o menor acoplamento e dependência sob os ledores, aumentaria a individualidade do processo como um todo. Claro que se adotado, não creio ser de inteira responsabilidade, porque problemas podem acontecer, mas poder chamar um ledor para eventuais dúvidas, só quando necessário, seria uma solução excelente”, exclamou Tito.

“Com a ajuda de todos podemos contribuir com o estado da arte e o estado da prática e buscar, mediante resultados satisfatórios, a aplicação do sistema no ENEM e posteriormente em outras provas como ENAD, prova Brasil e demais avaliações”, completou.

os alunos da UFF com deficiência e demais membros da comunidade podem testar o projeto no link abaixo: http://www.eneminclusivo.com.br/

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