Teatro Universitário da UFF Campos apresenta seu novo espetáculo

No palco, os atores Laís Castanho e Yuri da Silva

O Teatro Universitário da Universidade Federal Fluminense - TUFF apresentará seu novo espetáculo, Apoptose, na próxima quarta-feira, dia 27, em sessão única às 20h, no Teatro Popular do SESI.

Após dois anos de muita dedicação e, quase um ano de espera por pauta nos teatros municipais, o grupo foi convidado para apresentar o espetáculo na Rede Criativa SESI Cultural, com bate-papo depois da sessão para conhecer um pouco mais sobre o processo de montagem e a pesquisa.

Apoptose é uma metáfora do processo de morte celular programada necessária para a regeneração celular. As atrizes Laís Castanho e Maria Clara Montalvão e o ator Yuri da Silva abdicam de práticas convencionais do teatro para provocar diferentes organizações corporais que discutam questões sociais, políticas, filosóficas e estéticas, por meio de figuras cômicas e dramáticas. A direção e a preparação corporal são de Luiz Esparrachiari.

O espetáculo é resultado da trajetória do grupo. Em 2013, o TUFF foi criado com o objetivo de promover estudos, organizar leituras e seminários sobre a linguagem teatral e montar espetáculos, visando conciliar a prática cênica com a teoria e criar um ambiente propício para a discussão e produção de conhecimento artístico.

No início, o TUFF promoveu o I Ciclo de Estudos do Teatro Contemporâneo que culminou com a sua primeira montagem em forma de teatro conferência. O espetáculo consistiu numa mescla de seminários e cenas para estudar, apresentar e discutir correntes teóricas que consolidaram a linguagem teatral contemporânea, como também teorias do conhecimento que norteiam a prática cênica, como o positivismo e o relativismo.

Esta etapa foi importante para o grupo conhecer as literaturas de teatro e de filosofia do conhecimento e então fundamentar um pensamento sobre a linguagem cênica. No TUFF, o ator é o principal agente da cena, por meio do "corpovoz" o ator opera as condicionalidades cênicas (luz, som, figurino, cor, textura, calor, peso, etc) em um processo de troca de informações, compondo uma dramaturgia que é operada no e pelo ator. Desta forma, o grupo abdica da relação verticalizada de encenação e propõe uma relação horizontal do processo de criação de texto-cena, de forma simultânea e concomitante.

A interpretação metafórica de apoptose, termo que se refere ao processo de morte celular programada necessária para a regeneração celular, resulta num espetáculo divertido e crítico. A reprodução de práticas artísticas enrijece os corpos dos atores para determinadas linguagens do teatro, sendo necessário entender o corpo como um sistema coevolutivo, que troca informações com o ambiente, afetando e se afetando, permitindo se relacionar com as novas informações e propondo novas criações. Não há uma negação das teorias tradicionais e sim um entendimento de que elas não são rígidas e coevoluem nos corpos dos atores por meio de um processo de troca, assim, não perpetuam como uma reprodução, mas como resultado de novas informações.

O Teatro Popular do SESI está localizado na Av. Dep. Bartolomeu Lizandro, 862, Jardim Carioca, em Guarus. Os ingressos podem ser retirados na bilheteria antes do inicio do espetáculo que, além do apoio do SESI, conta com produção do Polo Universitário da UFF Campos.

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Telefone: 
22 981042723

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