Em parceria, a Universidade Federal Fluminense, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Oxford Brookes University foram contempladas no mês de outubro pelo edital “Women in Science: UK-Brazil Gender Equality Partnerships Grant” do British Council.
O objetivo da chamada é fomentar o desenvolvimento de políticas e práticas institucionais com foco na equidade de gênero na ciência e tecnologia em instituições de ensino superior e pesquisa no Brasil. Assim, as instituições brasileiras poderão se beneficiar das experiências positivas da universidade britânica, que é certificada pelo Athena Swan Charter, um quadro referencial utilizado internacionalmente para apoiar e transformar o panorama da equidade de gênero em instituições de ensino superior e pesquisa.
O grupo de trabalho Mulheres na Ciência foi criado em agosto de 2018 e está vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação da UFF, contando com a participação de professoras, técnicas administrativas e alunas das mais diversas áreas do conhecimento. O grupo possui três linhas de ação principais, a saber: 1) “Aumentar a representatividade feminina na ciência”; 2) “Maternidade e Ciência” e 3) “Combatendo o viés implícito e a ameaça pelo estereótipo”.
Segundo a coordenadora do grupo, a professora do Instituto Biomédico Leticia de Oliveira, a UFF tem sido pioneira na implementação de políticas para equidade de gênero. “Acreditamos que isso foi fundamental para a aprovação neste edital. Consideramos, portanto, que esta aprovação representa o reconhecimento não apenas do trabalho do GT, mas da UFF como um todo. Além disto, a UFF participa no núcleo central do Movimento Parent in Science, movimento que tem sido muito importante para políticas de apoio à maternidade”, informa.
Já a vice-coordenadora do Mulheres na Ciência, a professora do Instituto de Biologia Karin Calaza, afirma que esse reconhecimento será muito importante para o GT e para a UFF por se tratar de uma oportunidade de conhecer e trocar experiências sobre a institucionalização de boas práticas para construção de equidade, diversidade e inclusão com base em experiências internacionais. “A ideia será, a partir dessas experiências, construir um documento com sugestões de políticas a serem implementadas. O acompanhamento dos resultados práticos da execução dessas políticas também será fundamental”, conclui.