Livro analisa o antilusitanismo da Primeira República

Em “O Rio de Janeiro dos fados, minhotos e alfacinhas: o antilusitanismo na Primeira República” (Eduff, 2017), Gladys Sabina Ribeiro abre espaço para um tema pouco frequentado na historiografia brasileira: o estudo da imigração portuguesa e das relações entre Brasil e Portugal. A autora identifica dois momentos em que o antilusitanismo era mais presente: a primeira década da República e os nos 1920, tanto no cotidiano da rua e do trabalho, quanto na política.

Ribeiro realiza, em um texto fluido e cativante, uma análise comparativa entre os dois períodos, suas semelhanças e diferenças e amplia a discussão do tema para além de um sentimento alimentado contra o ex-colonizador.

O livro inova na área de fontes e métodos para a pesquisa, ao ser um dos pioneiros a utilizar, como documentação principal, processos-crimes em arquivos judiciários, complementada por pesquisa em jornais.

A abordagem explica, ainda, como os portugueses julgavam ter direito à terra e, portanto, à nacionalidade brasileira. Sendo assim, o lusitano era visto como um explorador das oportunidades de trabalho e um concorrente na terra natal. Por outro lado, da perspectiva da valorização crescente do trabalho, a classe dominante via-no com bons olhos. “O Rio de Janeiro dos fados, minhotos e alfacinhas” apresenta o antilusitanismo como uma forma de protesto e resistência, ao compor um estudo contundente para a historiografia nacional.

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