Aluna da UFF participa de painel na ONU

No dia 31 de maio, Marina Marçal, estudante de doutorado e graduada em Direito pela UFF, participou do 2º Fórum dos Povos Afrodescendentes, na Organização das Nações Unidas (ONU), ocorrido em Nova York, com uma fala sobre clima, justiça reprodutiva e resiliência para mulheres afrodescendentes.

A advogada explica que sua participação se deu no contexto do reconhecimento de que as mulheres afrodescendentes são as maiores afetadas pelas mudanças climáticas, que já têm gerado impactos na saúde reprodutiva delas. “Temos dados de mulheres que estão com alimentação precária devido ao impacto do aquecimento global na oferta e qualidade de alimentos, o que acaba gerando consequências na taxa de fertilidade. Além disso, dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) também demonstram que as mulheres negras, em contexto de escassez devido às mudanças climáticas, sofrem com maior risco de violência sexual no trajeto de busca por água e outros mantimentos para suas comunidades”, pontua.

Quanto ao tema da resiliência, Marina destaca o papel que as mulheres negras têm na construção de soluções de origem ancestral para se adaptarem e protegerem suas famílias e comunidades, com ações de agroecologia, agricultura familiar e criação de hortas com plantas medicinais que possuem maior capacidade de adaptação às temperaturas extremas.

Especialista em política climática, já citada por diversos veículos de comunicação, a autora participou recentemente de uma publicação do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) da ONU (https://brazil.unfpa.org/pt-br/news/nova-publicacao-do-unfpa-aborda-os-d...) sobre mulheres negras, resiliência e impactos da mudança do clima, lançada em 21 de março de 2023, dia da luta contra a discriminação racial.

Além da graduação em Direito, Marina também possui o título de mestrado em Sociologia e Direito na linha de pesquisa de Conflitos Socioambientais, Rurais e Urbanos pela UFF, orientada pelo professor Wilson Madeira Filho, com a pesquisa intitulada “Mulheres em movimento: atuação da Associação de Mulheres Trabalhadoras do município de Oriximiná (PA)”.

Nesta semana, Marina Marçal e Larissa Vieira, que também foi aluna de doutorado pela UFF, assumiram como relatoras de direitos humanos da plataforma Dhesca Brasil (2023-2025), em solenidade ocorrida no auditório da sede da Defensoria Pública da União (DPU), em Brasília (DF). Dhesca é a sigla para Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais e foi constituída em 2002 com o objetivo de promover e defender direitos humanos e atuar para reparar violações.

A advogada e pesquisadora também atua na área de política climática no Washington Brazil Office, além de ser membro do conselho consultivo da Frente Parlamentar Ambientalista e pesquisadora visitante no programa de Meio Ambiente e Energia da Columbia Law School em Nova York. Sua área de atuação está voltada para os temas de mudanças climáticas, território, identidade, meio ambiente, saúde do trabalhador, gênero e relações étnico-raciais.

Conheça um pouco mais sobre o trabalho de Marina Marçal:

Por que precisamos de mais mulheres negras no debate de clima no Brasil?

- O que a política ambiental e climática brasileira pode aprender com os EUA sobre racismo ambiental?

- O que é racismo ambiental e como ele impacta a vida dos brasileiros

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A atualização mais recente deste conteúdo foi em 14/06/2023 - 15:00