A reunião do Conselho Deliberativo do Huap ocorreu na última quinta –feira, 12, no Anfiteatro Jose Luiz Guarino e foi aberto à comunidade acadêmica que debateu a atual situação do hospital tendo acesso à situação orçamentária e financeira do Huap.
O diretor-geral do Huap Tarcisio Rivello afirmou que a pauta da reunião é a discussão do atual momento do Huap e apresentar as contas do hospital. Reforçou que entre as pautas da reunião está o encaminhamento da discussão sobre a EBSERH e não a votação para adesão à empresa. E deixou claro que o Huap é, e vai continuar 100% SUS, público e gratuito.
O vice-reitor Antonio Claudio da Nóbrega ressaltou que mais do que a discussão sobre a EBSERH, é o grave subfinanciamento por que passa a saúde, o pacote de ajustes que cai na conta do trabalhador; a redução da verba da saúde e da educação. De acordo com o vice-reitor esse é o inimigo a ser combatido, as decisões devem ser focadas na melhoria do atendimento a população e na formação das pessoas, esse é o papel do Hospital e o desafio é um aprendizado de alto nível. Concluiu a fala dizendo ser a favor de um hospital 100% SUS.
A diretora administrativa do Huap Conceição Lima Andrade apresentou o quadro orçamentário do Huap onde foi identificada uma queda orçamentaria. O Huap teve um corte de 36% em relação ao que recebeu em 2013 para o que recebeu até o momento no ano de 2015.
Em contrapartida ela afirma que a dívida do hospital tem aumentado com compra de insumos e material médico-hospital que dispararam, além de gastos relacionado à agua, luz e mão de obra. A diretora administrava esclareceu que o recurso que o Huap recebe para despesas vem do Fundo Nacional de Saúde.
Tarcisio Rivello, diretor-geral do Huap, destacou a necessidade de um fortalecimento e melhoria da contratualização com o SUS. Explicou que a verba destinada para as obras de melhoria do hospital, incluindo a obra de reforma e ampliação do ambulatório são distintas e o custeio do hospital não pode ser retirado dessa verba, por se tratar de um recurso de projeto específico.
A direção foi questionada sobre os procedimentos que o Huap realiza e deixa de receber. O diretor médico Haberlandh Sodré Lima ressaltou que a tabela do SUS encontra-se defasada e contempla em sua maioria procedimentos de média complexidade, com valor fixado. “ Isso gera um desequilíbro econômico financeiro em relação ao custo e remuneração”, explicou.
Uma nova reunião deverá acontecer convocada pelo Reitor ou quem ele indicar para ser feita juntamente com a Direção do HUAP; os representantes dos Diretórios Acadêmicos com atividades dentro do hospital; da ADUFF e do SINTUFF, no sentido de traçar uma estratégia para debater a situação do hospital e a EBSERH.
