Cicero Mauro Fialho Rodrigues

A entrada na UFF para mim foi a entrada para outro universo.

Ex-reitor da UFF

Tudo que eu tenho eu devo a UFF

O ex-reitor Cicero Mauro Fialho Rodrigues, por dois mandatos, de 1998 a 2006, gestor da Universidade Federal Fluminense, revela que a UFF é como se fosse sua casa. A trajetória de mais de 45 anos na instituição, confirma sua declaração. Fialho, além de reitor já foi secretário administrativo da pós-graduação, diretor e sub-chefe da Faculdade de Matemática, diretor do antigo Centro de Estudos Gerais (CEG), bem como aluno de graduação e mestrado na universidade. Essa relação de tantos anos de dedicação teve como fruto o desenvolvimento não só profissional, como intelectual e pessoal de Cícero: “Tudo que eu tenho eu devo a UFF”, afirma o matemático.

Fazer parte da administração não era uma de suas maiores aspirações, afirma, no entanto, Fialho, que nunca esqueceu sua eleição para diretor de unidade. Cícero se refere à sua atuação nos diversos cargos gestores como uma “honra” por entender a responsabilidade de trabalhar bem para que a universidade possa exercer sua função na sociedade. O período seu como reitor foi marcado pela implantação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), criação da Superintendência de Recursos Humanos, do Fórum de Coordenadores e abertura de novos cursos de graduação e pós-graduação.

Sobre a importância do papel social da UFF, o ex-reitor destaca a importância do estudo e convívio promovidos nos diversos campi da instituição para a vida dos universitários, em especial dos mais carentes: “Esse aluno passa a ter uma visão diferente da vida. Você o capacita a orientar seus irmãos, seus parentes. Ele se torna um ponto de convergência da família. É uma reviravolta muito grande. Então, imagina isso acontecendo com milhares e milhares de alunos”, constata Cícero. O professor destaca também a gratidão diferenciada dos alunos beneficiados pela interiorização da universidade, para quem ter ensino superior é muitas vezes uma oportunidade única.

Questionado sobre suas expectativas para o futuro da universidade, o professor responde confiar plenamente em seu crescimento. No entanto, reforça a importância da adaptação às novas realidades de ensino, impostas pelas mudanças tecnológicas e sociais, para o desenvolvimento da instituição. Apesar dessa expectativa de progresso, Fialho afirma que a UFF não pode perder sua “essência” e acredita que ela não perderá. “Ela mudou muito, dobrou de alunos, melhorou bastante fisicamente, está com melhores laboratórios, mantém seu crescimento, mas também se mantém como sempre foi, acolhedora”, conclui o ex-reitor.